PLANEJAMENTO DA AULA.
OBJETIVOS
- Refletir sobre o uso e as funções da escrita nas práticas comunicativas
- Entender o que é letramento
- Perceber a importância dos conhecimentos prévios para construção de sentido num texto.
- Reconhecer que a compreensão textual se dá na interação entre autor/leitor
- Conduzir os professores a trabalharem a leitura partindo sempre de predições – do conhecimento do aluno tem sobre o gênero, o tema e as hipóteses que eles levantarão sobre o texto trabalhado.
- Perceber qual a concepção de leitura do professor.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
- Questionamentos sobre o entendimento dos professores sobre a palavra “LETRAMENTO”
- Discussão partindo do conhecimento dos alunos
- Apresentação de slides que trabalham a TP4
- Leitura dos avançando na prática sugeridos pelo TP4
- Reconhecimento do que trata a TP4
- Uso do AAA4 do professor e busca de atividades que posam ser desenvolvidas em sala de aula.
- Discussão sobre as concepções de leitura que estão nas escolas, visto que isso vai conduzir o trabalho do professor.
Como planejado, iniciamos nosso questionando dos professores o seu entendimento sobre LETRAMENTO e conduzimos a discussão para que eles percebessem o Letramento enquanto fenômeno sócio-histórico, isto é, todo o conhecimento que o ser humano adquire nessa relação entre sociedade e história e chegaram à conclusão de que todas as pessoas são letradas, uma vez que esse aprendizado é fruto dessa interação. Nesse momento foi pertinente trazer para os professores uma citação de Paulo freire quando diz:
“O ato de ler e escrever deve começar a partir de uma compreensão muito abrangente do ato de ler o mundo, coisa que os seres humanos fazem antes de ler a palavra. Até mesmo historicamente, os seres humanos primeiro mudaram o mundo, depois revelaram o mundo e a seguir escreveram as palavras”.
Depois dessas discussões proveitosas sobre LETRAMENTO, efetivamente iniciamos o estudo da TP4, que trata exatamente desse tema. Inicialmente perguntamos aos professores qual a concepção deles sobre leitura, para isso trouxemos para nossas discussões a autora Kleiman que diz que a concepção de leitura que o professor tem, vai influenciar em sua forma de conduzir seu trabalho em sala de aula. Ao discorrer sobre isso, Kleiman ressalta que a leitura realizada apenas por meio da decodificação não possibilita que o aluno construa sentidos no texto, pois a leitura como o simples ato de decodificar não permite que o aluno apreenda as significações do texto e, não havendo essa compreensão, o aluno também não será capaz de fazer a paráfrase ou um resumo, já que as informações obtidas do texto são parciais e ainda salienta ainda que essa concepção de leitura é considerada errônea, embora ainda tenha grande influência nas aulas de língua portuguesa, para ela essa concepção de leitura não modifica a visão do aluno, pois não haverá a compreensão do texto, apenas a decodificação da palavra.
Essas palavras da autora, trouxeram boas discussões em sala de aula, e com isso fizemos o que pretendíamos que era “cutucar” os professores sobre a forma de concepção de leitura que eles adotavam.
Através de slides fomos adentrando na TP4, sempre intervindo em momentos que achávamos pertinentes, conduzindo a um entendimento do professor de como deve ser conduzido o trabalho de leitura e escrita em sala de aula de forma que possam trans (formar) alunos em leitores críticos, visto que vivemos numa sociedade letrada em que a cada dia o indivíduo é desafiado em situações diversas em que é preciso usar a sua competência de leitor, não apenas em textos escritos, mas, sobretudo compreender o mundo que o cerca, ler a própria vida e nela ser protagonista... Portanto, é inquestionável o fato de que o ato da leitura permite ao homem não somente sua inserção, mas também a participação ativa no meio social ao qual está inserido e a escola deve ser este elo entre leitores proficientes e inserção social.
Discutimos sobre a importância do conhecimento prévio do leitor para a construção de sentido nos textos. Através dos exemplos mostrados na TP4, levávamos os professores a importância da predição quando trabalhando algum texto em sala de aula e alguns professores admitiram que era muito mais fácil mandar os alunos lerem e fazerem as atividades propostas nos livros didáticos, no entanto, viam que isso não estimulava o aluno e que da forma que a TP mostrava com certeza traria resultados melhores.
Assim, fomos conduzindo o professor para uma mudança de postura no que diz respeito ao trabalho com leitura e escrita em sala de aula. No final de nosso encontro que durou 5 horas, fizemos a atividade 7 da página 185, que mostra como deve ser feito este trabalho de compreensão textual em sala de aula de forma que conduza o aluno a uma leitura eficiente e consequentemente a construir sentido naquilo que lê. Ainda mostramos a importância da leitura em textos não-verbais, em poemas concretistas.
Enfim, foi um encontro bom, cheio de discussões e reflexões. Mais uma vez os diretores das escolas arrasaram e nos serviram um belo almoço!! Que mordomia, hein?
OBSERVAÇÃO: NESSE ENCONTRO TIVEMOS A DESPEDIDA DE UMA DE NOSSAS COLEGAS, ELIZAETE MARIA, QUE NOS DEIXOU. CALMA!! ELA FOI GESTAR
ESTAMOS AGORA COM 09 CURSISTAS....
Muito bem, Hélia!
ResponderExcluirAbraços!
Hélia seu blog esta de parabéns muito bem elabordo do jeito que o gestar quer.
ResponderExcluirpor falar em gestar é uma formação muito boa onde os professores estão descobrindo uma nova maneira de ensinar e de ver de outra forma o aprender e o ensinar muito construtivista. Eu me sinto muito importante de fazer parte deste novo desafio de ensino onde o professor está perdendo o medo de sair da mesmice. Um forte abraço e continui repassando o seu método de ensino que é muito contagiante.
Damião Carlos .Coordenador do GESTAR II